segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A lua no cemitério

A velha Lua pinta cruz e lápides,
aplica nomes, datas e boceja...
No mármore, bordeja com seu lápis
fátuo o teu nome, o meu ou de quem seja.

Levíssima, suprema e perfeita
desfila na calçada entre estrelas,
suspira em silêncio e cumpre a lei:
dormir em outra casa em meio a velas.